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Aranhas-catapulta usam som para lançar ataques rápidos

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Aranhas-catapulta usam som para lançar ataques rápidos
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Aranhas da espécie Theridiosoma gemmosum, conhecidas como aranhas-catapulta, desenvolveram uma técnica surpreendente para capturar insetos voadores: elas utilizam suas teias como verdadeiras catapultas, lançando ataques rápidos e precisos ao menor sinal de uma presa próxima.

Essas aranhas conseguem puxar o centro de suas teias e mantê-las tensionadas como uma funda. Quando um mosquito está ao alcance, o disparo ocorre com uma velocidade impressionante de quase 1 metro por segundo. Um estudo recente, publicado no Journal of Experimental Biology, demonstrou que elas conseguem detectar suas presas pelo som do característico zunido das asas dos mosquitos.

Experimentos confirmam a resposta das aranhas-catapulta ao som

Os cientistas confirmaram que as aranhas-catapulta utilizam o som como gatilho para seus ataques através de experimentos em laboratório. Os pesquisadores conseguiram induzir o disparo das teias usando um diapasão, que emitiu vibrações semelhantes às produzidas pelos insetos. Os testes mostraram que as aranhas conseguem lançar seus ataques em apenas 38 milissegundos, tornando essa estratégia altamente eficaz.

Sarah Han, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade de Akron, , explicou em um pronunciamento que encontrar essas pequenas aranhas não é uma tarefa fácil. “Aranhas-catapulta são realmente muito pequenas, então podem ser difíceis de encontrar. Leva um tempo até desenvolver o olhar treinado para identificá-las”, afirmou.

Han dedicou um longo período vasculhando fendas ao longo das margens de rios em Ohio, nos Estados Unidos, à procura das aranhas. Suas teias são distintivas, em formato de cone, com a aranha normalmente posicionada na ponta da estrutura.

Teias de Theridiosoma gemmosum. A aranha está no centro de ambas as teias. (A) Teia não tensionada vista de frente. (B) Teia tensionada vista de lado. O cone de captura se estende do corpo da aranha para a direita, na direção em que a teia é lançada. (C) Desenho da teia antes (tensionada) e depois (relaxada) do disparo. A área sombreada indica o cone de captura. A aranha é representada em laranja e as linhas tracejadas indicam as linhas de ancoragem (Imagem: Han et al. / Journal Of Experimental Biology)

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Como as aranhas-catapulta “ouvem” suas presas

  • Ao contrário do que se imagina, mesmo sem possuírem ouvidos, essas aranhas conseguem detectar sons através de estruturas sensíveis em suas pernas.
  • O estudo utilizou mosquitos em laboratório, que foram introduzidos nas “arenas” das aranhas com suas asas livres para bater e emitir o zunido característico.
  • Imagens de alta definição revelaram que as aranhas-catapulta disparavam suas teias antes mesmo que os mosquitos tocassem a teia, sugerindo que a audição é fundamental para o sucesso da caça.
  • O movimento da teia é incrivelmente rápido, com uma aceleração de até 50 vezes a força da gravidade (504 m/s²) e velocidades próximas a 1 metro por segundo.
Abordagem frontal de mosquito preso (tempo em ms). (A) Um mosquito preso se aproxima da teia no caminho de liberação do cone e aciona a resposta de liberação da teia a 2,23 cm do corpo da aranha. O mosquito não toca a teia. A aranha solta suas pernas dianteiras da linha de tensão em t=0 ms e tanto a aranha quanto a teia começam a se mover para a direita, em direção ao mosquito. (B) A aranha e a teia continuam avançando. (C) A teia intercepta o mosquito, atingindo o inseto com fios adesivos. (D) Após as oscilações da teia, a aranha sobe pela teia para atacar o mosquito. A luminosidade e o contraste da imagem inteira foram ajustados para melhorar a visibilidade da teia (Imagem: Han et al. / Journal Of Experimental Biology)

Diferentes taxas de sucesso conforme a aproximação

Os pesquisadores também observaram uma diferença significativa no índice de sucesso dos ataques dependendo da direção da aproximação dos mosquitos. Quando os insetos vinham pela frente, a taxa de acerto era de 76%, enquanto pela parte traseira o sucesso caía para 29%. Uma das hipóteses levantadas é de que a própria teia auxilia na localização do som, permitindo à aranha identificar a direção de onde a presa se aproxima.



Fonte: olhardigital.com.br

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