Segredo para colonização de Marte pode estar no sangue humano

A colonização de Marte é uma das próximas metas humanas, mas cientistas ainda precisam descobrir como viabilizar a moradia e sobrevivência por lá. Um estudo publicado na Science Direct tem proposta inusitada: usar sangue humano para construir concreto e usá-lo na construção de casas.

A técnica não é exatamente nova. Antigos romanos já usavam sangue animal para melhorar seus materiais de construção, ideia que seria remodelada para o contexto de Marte.

Colonização de Marte pode virar realidade

Você já deve ter ouvido sobre planos grandiosos para colonização de Marte (Elon Musk é um dos que têm essa ambição). Como lembrou o IFLScience, se um dia quisermos morar em outro lugar do Sistema Solar além da Terra, o Planeta Vermelho é, de fato, uma boa escolha, já que tem superfície estável e está no limite da zona habitável (onde pode existir água).

Para isso, ainda há alguns empecilhos. Dois deles são mais urgentes: produzir ar respirável e construir casas habitáveis. Já falamos sobre alternativas para o primeiro problema no Olhar Digital (você pode conferir uma delas aqui).

Para o segundo problema, o estudo propôs algo inusitado: utilizar sangue humano para a construção de concreto.

Sangue humano pode viabilizar construções em Marte

Essa técnica já era aplicada por antigos romanos. Eles usavam aditivos orgânicos, incluindo sangue animal, para melhorar a durabilidade da argamassa. A proposta atual envolve usar sangue como componente primário para criação de concreto de alto desempenho.

Essa não seria a única maneira. É possível, por exemplo, encontrar suprimentos de carbonato de cálcio no planeta, que já foi detectado na região de Phoenix Lander. No entanto, isso envolveria remoção do dióxido de carbono do material, além da adição de água — o que pode estar em falta em Marte.

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A ideia mais viável é o AstroCrete. Veja como funciona:

• O AstroCrete usa fluidos humanos (como o sangue) junto de regolito marciano para criar um concreto forte, com resistência à compressão. A união dos materiais acontece por meio da albumina sérica humana, proteína presente no sangue;
• A vantagem é que todos os materiais já existem no planeta e nos próprios astronautas;
• A equipe explica que as primeiras habitações no Planeta Vermelho seriam em estruturas infláveis. Depois, começa a construção do AstroCrete;
• A expectativa é que, em apenas 72 semanas, a albumina sérica humana seria suficiente para criar habitat completo para um novo membro da tripulação.