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Árvores estão ‘viajando’ entre a Amazônia e a Mata Atlântica

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Árvores estão ‘viajando’ entre a Amazônia e a Mata Atlântica
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Segundo um novo estudo, as árvores estariam usando os rios como uma espécie de “rodovia” para percorrerem milhares de quilômetros

Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E

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A Amazônia e a Mata Atlântica são separadas por centenas de quilômetros. Mesmo assim, os dois ecossistemas compartilham muitas espécies de árvores, o que sempre despertou muita curiosidade dos cientistas.

Por anos, a ciência não soube explicar como isso era possível. Agora, no entanto, uma equipe de pesquisadores apresentou uma nova teoria: as árvores estariam usando os rios como uma espécie de “rodovia”.

Mata Atlântica é ‘colonizada’ por árvores da Amazônia

  • Anteriormente, acreditava-se que as árvores preencheram essa lacuna durante alguns períodos do passado, quando a região era muito mais úmida e mais tolerante para o avanço das árvores.
  • Com base em novas pesquisas, entretanto, uma nova hipótese foi apresentada.
  • Segundo ela, as florestas da Mata Atlântica são constantemente colonizadas por árvores da Amazônia.
  • Isso é possível porque as árvores acabam se espalhando em direção aos rios, que transportam as sementes por milhares de quilômetros.
  • De acordo com os pesquisadores, este processo acontece lentamente, ao longo de milhares de anos.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.
Árvores da Amazônia se espalham em direção aos rios, que transportam as sementes por milhares de quilômetros (Imagem: Nelson Antoine/Shutterstock)

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Eventos de dispersão são lentos e constantes

Durante o estudo, foram analisadas 164 espécies de árvores Ingá, que são comuns nas florestas tropicais da América Latina. O DNA delas foi usado para reconstruir a “árvore genealógica” das plantas, indicando estes padrões de movimentos.

Os pesquisadores identificaram de 16 a 20 casos de espécies migrando da Amazônia para a Mata Atlântica e criando raízes com sucesso em ecossistemas distantes. Esses eventos de dispersão se desdobraram ao longo da linha do tempo evolutiva de Ingá, em vez de serem confinados a eras em que o Brasil estava coberto por florestas úmidas.

Apenas 20% da Mata Atlântica permanece preservado (Imagem: Pedro Carrilho/Shutterstock)

As informações são consideradas valiosas para o desenvolvimento de novas estratégias para preservar as florestas ribeirinhas, que ficam localizadas ao longo dos rios. Estes ecossistemas são fundamentais para os habitats ao longo prazo.

O trabalho também reforça uma situação já conhecida. A Mata Atlântica contém cerca de 3 mil espécies de plantas a mais do que a Amazônia. No entanto, apenas 20% do bioma permanece preservado, o que evidencia a necessidade de proteger as florestas que ainda estão de pé.

Fonte: olhardigital.com.br

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