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Avalanche de rochas levou minutos para formar cânions na Lua

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Avalanche de rochas levou minutos para formar cânions na Lua
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Um artigo publicado nesta terça-feira (4) na revista Nature Communications revela que dois enormes desfiladeiros na Lua (mais profundos que o Grand Canyon, nos EUA) surgiram em menos de 10 minutos, em decorrência de uma avalanche de rochas em alta velocidade.

De acordo com a pesquisa, essas formações, conhecidas como Vallis Schrödinger e Vallis Planck, resultaram da violenta colisão que criou a bacia de Schrödinger há cerca de 3,81 bilhões de anos.

Os pesquisadores analisaram imagens do Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, para entender a origem desses cânions. Segundo as medições, o Vallis Schrödinger se estende por 270 km e atinge 2,7 km de profundidade, enquanto o Vallis Planck tem 280 km de comprimento e 3,5 km de profundidade. Em comparação, o Grand Canyon, na Terra, mede 446 km de extensão, mas sua profundidade máxima é de cerca de 1,9 km.

Vista de dois grandes cânions na Lua irradiando da bacia de impacto de Schrödinger. Crédito: NASA / SVS / Ernie T. Wright

Segundo o estudo, o impacto que deu origem à bacia de Schrödinger lançou uma enorme quantidade de detritos rochosos a velocidades impressionantes, variando entre 3.420 e 4.600 km/h. Para efeito de comparação, uma bala de pistola 9 mm atinge cerca de 2.200 km/h. 

Essa avalanche de rochas esculpiu os cânions lunares rapidamente, diferentemente do Grand Canyon, que levou milhões de anos para se formar com a erosão da água.

Leia mais:

Impacto na Lua liberou 130 vezes mais energia que todas as armas nucleares da Terra

A bacia de Schrödinger está situada na borda externa da maior e mais antiga cratera de impacto lunar, a bacia do Polo Sul-Aitken, com 2.400 km de largura e formada há cerca de 4,2 bilhões de anos. O impacto que originou Schrödinger liberou uma energia estimada em mais de 130 vezes o poder de todas as armas nucleares existentes atualmente.

Para futuras missões lunares, a região pode ser um ponto estratégico. Ao site Space.com, David Kring, geólogo do Instituto Lunar e Planetário da Associação de Pesquisa Espacial das Universidades dos EUA, explicou que astronautas que pousarem nas proximidades da bacia do Polo Sul-Aitken terão mais facilidade em coletar amostras da época mais antiga da Lua, já que a região recebeu menos detritos da colisão.

Além de sua importância científica, a paisagem da região é dramática. “Na região polar sul lunar, há montanhas mais altas que o Everest e desfiladeiros mais profundos que o Grand Canyon. Os futuros exploradores da Lua ficarão impressionados”, afirmou Kring.

Essas descobertas reforçam o impacto que eventos cósmicos podem ter na formação de superfícies planetárias e ajuda a entender melhor a história da Lua e da Terra.

Fonte: olhardigital.com.br

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