Sing Sing traz história única e merecia mais atenção no Oscar 2025

O filme conta a história real de um grupo de detentos que por meio do teatro acham uma forma de aliviar seu dia a dia por meio da arte. A produção foca em Divine G. um veterano do grupo de teatro que resolve ajudar um novato a descobrir o poder da arte.

Sem esse elenco provavelmente o filme nem estaria presente no Oscar 2025, ele é parte essencial do roteiro, pois é formado majoritariamente por membros atuais e antigos do programa de reabilitação, que conseguem chegar a um nível de atuação muito alto. Quem brilha mais é Clarence Maclin, ator americano que foi preso por assalto a mão armada no Centro Correcional Sing Sing, onde participou do programa. Maclin interpreta ele mesmo, como o novato do grupo de teatro, na minha opinião é o personagem mais complexo, pois em poucas horas é preciso demonstrar a evolução do personagem através da arte, é difícil não se emocionar com sua interpretação, afinal, quem melhor do que ele mesmo para interpretar a própria história?

Colman Domingo interpreta Divine G., o criador do grupo de teatro e líder, o ator recebeu sua primeira indicação ao Oscar no ano passado, pelo seu papel em Rustin, mas passou longe de ganhar a estatueta ao concorrer com Cillian Murphy por Oppenheimer. Em 2025, Colman Domingo retorna mais uma vez à categoria, e que na minha opinião teve uma atuação melhor do que no ano passado. Colman consegue se aprofundar na história de seu personagem para ser fio condutor das outras histórias.

Sing Sing não tem apenas um roteiro emocionante, tem um papel importante na visibilidade da arte como forma de reabilitação e motivação, além de dar rosto para pessoas que nem sempre foram bem vistas pela sociedade. É impossível não se emocionar com Sing Sing, mas infelizmente acho que Colman Domingo será nosso Leonardo DiCaprio, virão muitas outras indicações até ele finalmente levar a estatueta para casa.