Foram entrevistados 319 “trabalhadores do conhecimento” que compartilharam 936 exemplos do uso de IA em tarefas de trabalho

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Pode parecer irônico, mas a Microsoft divulgou um estudo que nos faz repensar alguns supostos benefícios da inteligência artificial (IA). E sim, estamos falando da mesma empresa que investiu quase US$ 14 bilhões na OpenAI, criadora do ChatGPT.
De maneira geral, a pesquisa realizada em conjunto com a Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, EUA, mostrou que o uso de IA pode atrofiar as habilidades dos seres humanos de desenvolver pensamento crítico e minar a florescência da criatividade.
“Uma ironia fundamental da automação é que, ao mecanizar tarefas de rotina e deixar o tratamento de exceções para o usuário humano, você priva o usuário das oportunidades de rotina de praticar seu julgamento e fortalecer sua musculatura cognitiva, deixando-o atrofiado e despreparado quando as exceções surgirem”, dizem os pesquisadores.

Foram entrevistados 319 “trabalhadores do conhecimento” para investigar: quando e como eles percebem a execução do pensamento crítico ao usar GenAI; e quando e por que o GenAI afeta seu esforço para fazê-lo. Os participantes compartilharam 936 exemplos do uso do GenAI em tarefas de trabalho.
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Quais foram os resultados da pesquisa?
- Quantitativamente, ao considerar fatores específicos da tarefa e do usuário, a autoconfiança específica da tarefa de um usuário e a confiança no GenAI são preditivas de se o pensamento crítico é executado e o esforço de fazê-lo em tarefas assistidas pelo GenAI.
- Especificamente, maior confiança no GenAI está associada a menos pensamento crítico, enquanto maior autoconfiança está associada a mais pensamento crítico.
- Qualitativamente, o GenAI muda a natureza do pensamento crítico para verificação de informações, integração de respostas e administração de tarefas.

“Nossos insights revelam novos desafios de design e oportunidades para desenvolver ferramentas GenAI para trabalho de conhecimento”, diz o artigo.
No ano passado, o Olhar Digital reportou um estudo experimental da Universidade de Toronto que mediu o impacto do uso de inteligência artificial na criatividade humana. Os pesquisadores observaram que há uma tendência de homogeneização de ideias nos casos de gerações por IA, como visto aqui.
Fonte: olhardigital.com.br
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