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Como diferentes forças formaram as calotas polares da Terra

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Um estudo publicado nesta sexta-feira (14) na revista Science Advances revelou que a Terra só desenvolveu suas calotas polares devido a uma combinação rara de fatores. Durante a maior parte da história do planeta, as temperaturas eram altas demais para permitir o acúmulo de gelo nos polos.

Pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, analisaram o motivo pelo qual a Terra permaneceu por tanto tempo em um estado de “estufa”, sem calotas polares. Eles concluíram que as condições frias atuais são incomuns e só surgiram devido a uma coincidência entre processos geológicos e climáticos.

Cerca de 700 milhões de anos atrás, a Terra pode ter parecido com algo assim. Crédito: NASA

Até agora, cientistas propunham diversas explicações para os períodos frios do planeta, como a redução na emissão de dióxido de carbono (CO₂) por vulcões, o armazenamento de carbono pelas florestas ou reações químicas entre o CO₂ e certos tipos de rocha. A nova abordagem foi a primeira a testar esses fatores juntos, usando um modelo tridimensional avançado da evolução da Terra.

Os resultados mostraram que nenhum desses processos isoladamente seria capaz de resfriar o globo. Foi preciso que todos ocorressem simultaneamente para criar as condições ideais para o gelo se formar. Isso explica por que estados gelados são tão raros na história do planeta.

Em um comunicado, o autor principal do estudo, Andrew Meredith, explica que a presença de calotas polares hoje depende de taxas excepcionalmente baixas de atividade vulcânica, além da disposição dos continentes e da presença de grandes cadeias montanhosas. Essas montanhas intensificam as chuvas, que, por sua vez, aumentam reações químicas que removem carbono da atmosfera.

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É essencial evitar o superaquecimento da Terra

Segundo Meredith, a tendência natural da Terra é manter um clima quente, com altos níveis de CO₂, em vez de ser um planeta parcialmente coberto de gelo como o atual. Ele também destacou que essa característica ajudou a evitar eras glaciais extremas, conhecidas como “Terra Bola de Neve”, que poderiam ter dificultado a evolução da vida.

O professor Benjamin Mills, que supervisionou o estudo, alerta que essa descoberta tem implicações cruciais para o futuro climático do planeta. “Há uma mensagem importante, que é que não devemos esperar que a Terra sempre retorne a um estado frio como era na era pré-industrial”. 

Mills enfatizou que a sociedade moderna depende das calotas polares e de um clima mais frio, e que é essencial evitar o superaquecimento do planeta. “Devemos fazer tudo o que pudermos para preservar o atual estado da Terra e ter cuidado com as suposições de que os climas frios retornarão se conduzirmos o aquecimento excessivo antes de interromper as emissões. Ao longo de sua longa história, o planeta gosta de calor, mas nossa sociedade humana não”.

Fonte: olhardigital.com.br

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