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Calor extremo eleva risco de morte no Rio de Janeiro, diz pesquisa

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Calor extremo eleva risco de morte no Rio de Janeiro, diz pesquisa
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O aumento da mortalidade na capital fluminense está relacionado ao calor extremo, de acordo com uma pesquisa da Fiocruz. Isso porque a condição climática representa maior risco para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal e infecções do trato urinário e Alzheimer.

A partir desta segunda-feira (17), a cidade deverá ter recordes de temperaturas, com sensação térmica chegando a 50 °C. O serviço Alerta Rio aponta que este mês de fevereiro deve ser um dos mais secos já registrados: a média de chuva registrada até o momento é de 0,5 mm.

O novo estudo foi realizado com base em dados da Prefeitura do Rio de Janeiro, que lançou uma classificação de Níveis de Calor (NC) no ano passado, variando de 1 a 5. No nível mais alto, o Índice de Calor é igual ou superior a 44 °C por mais de duas horas. 

Foram analisados todos os 466 mil registros de mortes naturais ocorridas entre 2012 e 2024, e mais de 390 mil mortes por 17 causas selecionadas — das quais 12 tiveram alta considerável da mortalidade para idosos no calor extremo.

Capital fluminense pode registrar sensação térmica de 50ºC (Imagem: dabldy/iStock)

De maneira geral, a pesquisa descobriu que temperaturas acima de 40 °C durante 4 horas ou mais podem aumentar em 50% a mortalidade por doenças como hipertensão, diabetes e insuficiência renal entre idosos.

O trabalho é de autoria do doutorando João Henrique de Araujo Morais, que atua como pesquisador do Centro de Inteligência Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

“Outros estudos já mostraram o aumento de frequência e intensidade das ondas de calor não só para o município do Rio, mas para diversas áreas urbanas do Brasil. É necessário ter políticas públicas que adequem as atividades e protejam a população. Sabe-se que populações específicas estão em alto risco — como trabalhadores diretamente expostos ao sol, populações de rua, grupos mais vulneráveis (crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas), e populações que vivem nas chamadas Ilhas de Calor Urbano”, afirmou o autor da pesquisa.

Leia mais:

Idosos estão entre os mais vulneráveis aos efeitos do calor extremo (Imagem: Ultima_Gaina/iStock)

Método inovador de análise

Em novembro de 2023, a jovem Ana Clara Benevides morreu após passar mal no estádio Nilton Santos, onde a cantora Taylor Swift se apresentou, durante uma onda de calor no Rio de Janeiro: o índice de calor ficou acima de 44 °C por oito horas.

Esse foi o exemplo citado pelo pesquisador para desenvolver uma nova forma de medir a exposição ao calor e os riscos relacionados, com a criação de uma métrica chamada “Área de Exposição ao Calor” (AEC).

Essa técnica considera também o tempo que uma pessoa fica exposta ao calor, algo que outras medidas, como temperatura média ou sensação térmica média, não levam em conta. No caso de idosos, a exposição a uma AEC de 64º Ch aumenta em 50% o risco de morte por causas naturais, e com uma AEC de 91,2°Ch, o risco dobra.

Fonte: olhardigital.com.br

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