O enredo

A produção acompanha o arquiteto visionário László Tóth, que foge da Europa depois da Segunda Gerra Mundial e chega aos EUA para reconstruir sua vida, carreira e casamento. Sozinho, Tóth se estabelece na Pensilvânia, onde um rico e proeminente industrial reconhece seu talento.
O roteiro
Sim eu sei que ao saber que o filme é sobre um arquiteto e tem duração de 3h35, você pode perder a vontade de assistir, mas eu garanto, vale a pena e você nem vai sentir as mais de três horas de filme. Além disso, as sessões no Brasil vão contar com um intervalo após 1h40 de filme, que ajuda e muito na sensação de cansaço que pode surgir, é como se você entrasse em um novo filme de apenas 2h.

Se você nunca foi fã de arquitetura, pode ser que depois de assistir ao filme você queira se matricular em um curso, a produção retrata a profissão de forma surpreendente, e se você ama arquitetura, vai adorar mais ainda a área.
O que menos me agradou foi o desfecho da história, apesar de eu achar que ele é essencial para dar ainda mais sentido a história de László, estava esperando algo completamente diferente.
O elenco
Quem interpreta László é Adrien Brody, que já tem uma estatueta do Oscar, que ganhou em 2003 pelo filme O Pianista, agora o ator retorna a premiação na categoria de Melhor Ator com O Brutalista. É inegável o talento de Adrien Brody, acredito que a escolha dele para o papel foi devido a vários fatores, incluindo sua aparência, seu nariz é citado em várias cenas, trazendo contexto a sua história. Sua interpretação é brilhante, considerando o nível de dificuldade de diversas cenas, incluindo as cenas com participação de Felicity Jones, que interpreta Erzsébet Tóth, mulher de László, os dois entregam cenas intrigantes durante o longa, dando tudo de si para uma cena perfeita. Guy Pearce, Joe Alwyn e Raffey Cassidy também têm papel importante na trama e mantêm um nível alto de atuação, transformando o conjunto da obra em uma ótima escolha.

E o Oscar vem aí?
Ao todo O Brutalista está indicado a 10 categorias no Oscar 2025, incluindo a de Melhor Filme, na minha visão a produção merece a estatueta de Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia e Melhor Ator. A produção tem uma ótima qualidade, com uma experiência extraordinária, mas na minha opinião não é melhor do que outras produções indicadas, como Conclave, Anora e é claro, Ainda Estou Aqui.
Nosso veredito
O Brutalista conta de forma sensível a história de mais um refugiado de guerra, mas desta vez trazendo uma visão diferente, a fotografia é satisfatória, mas a história está longe de ser feliz, é uma história de muita dor e sofrimento que vai tocar a todos no cinema. Com certeza vale a pena assistir!
Fonte: www.pippoca.com
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