Entre boatos de venda, Intel tem melhor desempenho desde 2020

A crise na Intel não é recente e, há alguns meses, empresas rivais do setor de eletrônicos e chips estudam comprá-la. Os boatos mais recentes envolvem a possível aquisição por parte da taiwanesa TSMC e pela americana Broadcom, o que levou ao melhor desempenho da Intel na bolsa de valores desde 2020.

Nenhuma das duas companhias fez propostas oficiais e qualquer negociação depende do aval do governo dos Estados Unidos.

Intel tem seu melhor desempenho em anos

A americana Broadcom e a taiwanesa TSMC podem estar interessadas em comprar partes da Intel. As empresas não trabalham em conjunto e, se os negócios se concretizarem, podem dividir o mercado de chips e eletrônicos global em dois.

Em meio às possíveis propostas (que ainda não foram feitas oficialmente e podem não sair do papel), a Intel registrou um aumento de 16,1% nas ações. A ação fechou a terça-feira custando US$ 27,39, o melhor desempenho da empresa desde março de 2020.

Segundo a CNBC, o pior desempenho veio em agosto do ano passado, quando as ações atingiram seu nível mais baixo desde 2013, após a divulgação de resultados trimestrais abaixo do esperado.

O aumento está acontecendo desde semana passada, quando o vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse que o país protegerá suas tecnologias de IA de adversários estrangeiros e que mais chips seriam produzidos em solo estadunidense.

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Na semana passada, o jornal The Wall Street Journal divulgou com exclusividade que a TSMC e a Broadcom têm interesse em fazer propostas pela Intel. O Olhar Digital deu os detalhes aqui.

Vamos ao resumo:

• A Broadcom estaria interessada em adquirir a operação de design e marketing de chips da Intel. Porém, para isso, precisaria de um parceiro no ramo de fabricação;
• Já a TSMC analisa a possibilidade de controlar algumas ou todas as fábricas de chips da empresa, possivelmente como parte de um consórcio de investidores;
• As empresas, que são rivais entre si e da Intel, não estão trabalhando juntas. Nenhuma das duas fez propostas oficiais e qualquer negociação precisa do aval do governo dos Estados Unidos;
• Inclusive, especialistas acreditam que o governo não deve apoiar uma venda para uma entidade estrangeira (a TSMC é taiwanesa);
• Os boatos sobre vendas para rivais do setor não é de agora. Em setembro, a Qualcomm (também do ramo de chips) teria abordado a Intel.