Fungos marinhos podem acabar com os plásticos no oceano

A quantidade de plásticos nos oceanos tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Diversas pesquisas já comprovaram os efeitos catastróficos dessa poluição para a vida marinha e os efeitos negativos também para os humanos.

Agora, cientistas da Universidade do Havaí encontraram uma possível solução para este grave problema. Eles descobriram uma espécie de fungo marinho capaz de degradar materiais plásticos.

Fungos conseguem digerir os materiais rapidamente

Vários micróbios, incluindo bactérias e fungos que crescem em terra, já estão sendo testados como possíveis aliados no combate contra a poluição provocada pelos plásticos. No entanto, esta é a primeira vez que fungos marinhos são analisados. Em parte isso acontece porque menos de 1% das espécies são conhecidas pela ciência.

A ideia surgiu após um estudo realizado com amostras de fungos, algas marinhas, corais e esponjas na costa do Havaí. Segundo os pesquisadores, estes fungos possuem a capacidade de digerir materiais como a madeira e a quitina.

A equipe, então, resolveu testar essa capacidade e encheu pequenas placas com poliuretano, um plástico comum usado em produtos médicos e industriais. Em seguida, eles descobriram que mais de 60% dos fungos conseguiram digerir o material.

Agora, os cientistas querem entender melhor como este processo ocorre. A ideia também é testar outras espécies. No futuro, elas podem ser utilizadas para realizar uma extensa limpeza de praias e oceanos tomados pelo plástico.

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Poluição plástica é um problema global

• Segundo especialistas, cerca de oito milhões de pedaços de plástico chegam ao oceano todos os dias.
• Isso levou a acúmulos preocupantes do material nos mares, como a Grande Mancha de Lixo do Pacífico.
• Esta verdadeira ilha é três vezes maior do que o território da França.
• Muitos desses plásticos contêm concentrações de produtos químicos nocivos, como ftalatos e bisfenol A, que podem danificar nossos ecossistemas marinhos.
• A saúde humana também está em risco, já que um a cada três peixes capturados para consumo contém plástico.