Pesquisa revela como um anticorpo bloqueia a infecção e pode revolucionar terapias antivirais com doses baixas e custo reduzido
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Imunologia de La Jolla (LJI) revelou importantes descobertas sobre o anticorpo humano mAb 3A6, que pode se tornar um componente essencial no tratamento do vírus Ebola. O estudo está publicado na revista Nature Communications.
Este anticorpo foi isolado de um sobrevivente do surto de Ebola de 2014-2016, e a pesquisa demonstrou que ele ajuda a bloquear a infecção ao se ligar a uma parte crítica da estrutura viral, chamada de “talo”.
Em testes com primatas não humanos, o mAb 3A6 mostrou ser altamente eficaz, mesmo em doses muito baixas, o que é promissor para a produção e o custo de tratamentos.
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Como o anticorpo funciona
- Os cientistas utilizaram técnicas avançadas de imagem, como tomografia crioeletrônica e cristalografia de raios X, para observar como o mAb 3A6 se liga ao Ebola e interrompe o processo de infecção.
- O anticorpo se prende ao “pedúnculo”, uma estrutura do vírus que é vital para sua entrada nas células hospedeiras.
- Esse alvo é conservado entre diferentes cepas do Ebola, o que torna o mAb 3A6 uma ferramenta valiosa para terapias “pan-Ebolavírus”, ou seja, eficazes contra várias formas do vírus.
Além disso, a capacidade do mAb 3A6 de se ligar a essa região do vírus oferece novas perspectivas para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos mais eficazes para o Ebola e até para outros vírus com características semelhantes.
A pesquisa não só melhora as estratégias terapêuticas, mas também pode resultar em terapias mais acessíveis e de baixo custo.

Fonte: olhardigital.com.br
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