Home Polícia Hackers: Invasões resultam em ações judiciais contra o Facebook em Santa Adélia
PolíciaSanta AdéliaTecnologia

Hackers: Invasões resultam em ações judiciais contra o Facebook em Santa Adélia

Segundo o advogado da mulher, diversos protocolos administrativos foram realizados com a empresa, além do envio de e-mails, sem sucesso

Compartilhe
Hackers: Invasões resultam em ações judiciais contra o Facebook em Santa Adélia
Compartilhe

A invasão de redes sociais particulares, sites de órgãos públicos e sistemas corporativos é uma realidade crescente e preocupante no Brasil. Esses ciber ataques vão além do roubo de dados pessoais e financeiros, afetando também a segurança de órgãos públicos, sendo empregados para espalhar desinformação, realizar golpes e divulgar links prejudiciais.

O caso mais recente das tentativas de ataques cibernéticos aos sites do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta última terça-feira (4), revela o caráter multifacetado dessa prática cada vez mais comum e destaca a necessidade constante de aprimorar os mecanismos de segurança digital. O incidente causou instabilidade nos sites, mas, de acordo com uma nota do STJ, as tentativas “foram todas bloqueadas pelas ferramentas informáticas de prevenção a invasões.”

No contexto de invasão de perfis pessoais nas redes sociais, como Instagram e Facebook, o usuário pode enfrentar um processo mais longo e frustrante para recuperar o controle de suas contas, principalmente quando o suporte das plataformas é insuficiente. Muitas das experiências traumáticas de pessoas que tiveram suas contas hackeadas envolvem o uso indevido dos perfis para solicitações de dinheiro, anúncios enganosos, entre outros.

Foi o caso de uma mulher no município de Santa Adélia, que, após sua conta do Instagram ser hackeada em dezembro do ano passado e desde então esgotar todos os meios para recuperá-la, incluindo o acionamento da empresa, recorreu a mecanismos legais.

Segundo o advogado da mulher, diversos protocolos administrativos foram realizados com a empresa, além do envio de e-mails, sem sucesso. Diante da falta de solução, dias depois, ela optou por registrar um boletim de ocorrência.

O B.O. destaca a preocupação da mulher com a vulnerabilidade de sua privacidade, dados e segurança, especialmente porque o seu perfil contém vários registros fotográficos dos filhos, menores de idade, o que aumenta o risco de exposição e uso indevido dessas imagens. Além disso, foi registrado no boletim de ocorrência que nenhuma senha foi cedida a terceiros, tampouco houve acesso a links suspeitos, evidenciando que a invasão ocorreu sem qualquer ação imprudente da usuária.

No Instagram, o hacker utilizou a foto e os seguidores da mulher para divulgar anúncios de produtos falsos relacionados a investimentos. Da mesma forma, a imagem foi usada por uma conta do WhatsApp vinculada a um número desconhecido, que passou a contatar familiares da mulher solicitando dinheiro, entretanto, nenhuma tentativa de golpe foi de fato concretizada. Diante da inércia do suporte do Facebook/Meta, outro boletim de ocorrência foi registrado, além de uma ação judicial protocolada contra a empresa.

Em decisão liminar, a empresa foi obrigada a devolver o perfil do Instagram e excluir a conta falsa do WhatsApp no prazo de 5 dias úteis, sob pena de multa. A decisão foi cumprida e, visando uma solução amigável, o Facebook propôs o pagamento de R$ 6.000,00 no prazo de 20 dias úteis. O acordo ainda será homologado pelo Juiz de Santa Adélia.

Outra mulher no município, Taiana S. Aranha, também entrou com processo judicial contra a big tech, que deverá pagar multa de mesmo valor e responder por danos morais. No caso, um perfil falso foi criado para solicitar dinheiro de pessoas próximas a Taiana. Até a data de 26/02, a empresa não havia cumprido a determinação judicial de excluir o perfil falso, nem fornecido a identificação do responsável (IP) pela invasão.

A recorrência desses casos evidencia a fragilidade na proteção dos usuários e a necessidade de medidas mais eficazes por parte das empresas. Além dos prejuízos individuais, essas invasões cibernéticas comprometem a confiança nas plataformas digitais e dificultam a adesão a novas tecnologias. Cabe às empresas do ramo assumirem uma postura mais comprometida e eficaz na segurança de seus usuários, garantindo a remoção ágil de perfis falsos e a identificação dos responsáveis por crimes cibernéticos.

Por outro lado, para mitigar esses riscos, é fundamental que os usuários adotem também práticas de maior segurança, como a verificação de links e e-mails suspeitos, o uso de senhas fortes e a ativação da autenticação de dois fatores. Além disso, é essencial desconfiar de ofertas que parecem irreais, nunca compartilhar informações pessoais sem verificar a fonte, manter os dispositivos atualizados e utilizar antivírus. Essas medidas são fortes aliadas na proteção de dados pessoais e segurança no ambiente digital.

Compartilhe

Comente

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Relacionados
Golpista é presa em Santa Adélia após enganar comerciantes com falsos comprovantes de PIX
GeralSanta Adélia

Golpista é presa em Santa Adélia após enganar comerciantes com falsos comprovantes de PIX

A Polícia Civil de Santa Adélia efetuou a prisão em flagrante de...

Monitor gamer ultrawide curvo, KBM! Gaming MG800 está por menos de R$ 1.500
Tecnologia

Monitor gamer ultrawide curvo, KBM! Gaming MG800 está por menos de R$ 1.500

Se você está em busca de um monitor gamer que ofereça experiência...

Batalhão da PM Está Entre as 10 Unidades que Mais Reduziram Índices Criminais
Polícia

Batalhão da PM Está Entre as 10 Unidades que Mais Reduziram Índices Criminais

O Batalhão atua em mais de 15 municípios  da região de Catanduva  O...

DISE Prende Dois por Tráfico de Drogas e Associação no Nova Catanduva
Polícia

DISE Prende Dois por Tráfico de Drogas e Associação no Nova Catanduva

Todo material ilícito foi apreendido  Policiais civis da Delegacia de Investigações Sobre...