25 de abril de 2015.
Eu acordo cedo e vou ao treino de sábado no clube. Jogo bem, me destaco, ganho elogios e vou para casa. Lá sou presenteado e parabenizado. Que lembrança boa. Era meu aniversário de nove anos e eu estava com todas as pessoas que amava. As coisas foram maravilhosas e esse dia ficou marcado como o melhor aniversário que já tive.
O tempo passou rápido demais e eu cresci. não literalmente, ainda continuo sendo baixinho. Esse tempo que passou, eu o chamo de vida. Ele foi um grande professor. Ensinou que tudo acaba. Que as coisas passam. Me ensinou que a vida passa num piscar de olhos e que temos de aproveitá-la da maneira que quisermos.
A vida é exatamente isso, Abujamra: um estalo ou um impulso que se esvai rápido demais. Ela não passa de uma breve viagem. Ela não tem uma explicação plausível e exata. A gente tem que, o mais cedo possível , aprender a vivê-la com os seus contrastes. Ela não te leva a lugar nenhum se você não se mexer. Aceite o que é a vida em sua essência e vá viver. Em breve, você não tá mais aí pra contar história.
Então viva. Sem medo, sem rédia, sem necessidade de se preocupar ou de se explicar. Ninguém calça os teus sapatos.
Aproveite os clichês que a vida traz. Aproveite as paixões, os amores, a escola, o ensino médio, a faculdade, o primeiro emprego, os amigos e tudo mais.
Acumule diversos “melhores dias” de sua vida.
Viva porque daqui cem anos ninguém vai se lembrar de sua existência.
Aproveite, você só vive uma vez.
E a vida é muito importante pra ser levada a sério.
Hoje faço 19 anos. Já se foram dez anos desde esse meu aniversário tão marcante. Óbvio que eu não sou a pessoa mais experiente e mais capacitada para falar sobre o que é a vida. Em 19 anos, ela me ensinou que tudo se vai – inclusive ela. Então vamos aproveitá-la.
vini
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