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O Amor Ainda Precisa Resistir

No Dia Internacional Contra a Homofobia, o silêncio cúmplice e o ódio disfarçado de opinião ainda são as maiores ameaças à dignidade LGBTQIAPN+.

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Hoje é 17 de maio. Para muita gente, só mais uma sexta-feira qualquer. Mas para quem vive no corpo e na pele o preconceito, essa é uma data que ainda carrega urgência: o Dia Internacional contra a Homofobia.

A escolha da data não foi aleatória. Em 1990, neste mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Isso tem só 35 anos. Até ontem, o amor era visto como distúrbio. Até ontem — e em muitos lugares, ainda hoje — ser LGBTQIAPN+ é tratado como provocação, desvio ou heresia.

A verdade é que, apesar de alguns avanços em leis e campanhas, o preconceito continua circulando livre. Só mudou de roupa. Se antes vinha de jaleco ou batina, hoje vem com discurso de “liberdade de expressão”. Vem na boca de políticos que usam Deus como desculpa pra espalhar ódio. Vem nas redes sociais, travestido de piada. Vem até mesmo dentro de casa, no silêncio dos que fingem que “não sabiam”.

O Brasil ainda lidera o ranking global de assassinatos de pessoas LGBTQIAPN+. Essa não é uma estatística que se resolve com post de arco-íris em junho. É uma tragédia diária. Travestis são mortas a pedradas. Jovens são expulsos de casa por amarem quem amam. Pessoas são espancadas por existirem. E a sociedade segue em silêncio — porque, no fundo, muita gente ainda acha que isso “não é problema meu”.

Mas é. É problema seu, sim. Porque enquanto a existência de alguém incomodar mais do que a violência sofrida por essa pessoa, estamos todos em colapso. O preconceito não é uma opinião. A transfobia não é um debate. E o respeito não é uma concessão — é um dever.

Neste 17 de maio, não se trata de levantar uma bandeira apenas. Trata-se de lembrar que viver com dignidade ainda é um privilégio negado a muitos. Que lutar contra o preconceito não é “mimimi”, é questão de sobrevivência.

Se você acha que o mundo já está “chato demais”, talvez ele só esteja ficando menos confortável para quem sempre viveu no topo às custas do silenciamento dos outros. E isso não é o fim do mundo — é o começo de um mundo mais justo.

Respeitar o outro não te transforma em aliado, herói ou progressista. Te transforma apenas em alguém minimamente humano.

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