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The Bear vai à terapia em sua 4ª temporada

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The Bear vai à terapia em sua 4ª temporada

Mesmo entregando uma boa 3ª temporada, The Bear sofreu para manter nela a altíssima qualidade que se impôs na (quase perfeita) temporada anterior. Mesmo tentando revisitar o clima da sua 1ª temporada, marcada fortemente pelo caos, a falta de uma urgência concreta e até uma leve soberba afastaram do objetivo e empacaram a série. Porém, nesta nova temporada, como em uma boa terapia, os criadores foram capazes de aceitar os erros e conseguiram reverter a situação, mas de uma forma diferente do que já foi feito. Venha ver o que achamos dessa 4ª temporada da aclamada série.

A temporada é autoconsciente

The Bear vai à terapia em sua 4ª temporada

A 4ª temporada de The Bear é sobre movimentos. Isso fica claro logo no primeiro episódio quando Carmy (Jeremy Allen White) menciona estar se sentindo preso no mesmo dia todos os dias, como acontece no filme “Feitiço no Tempo”. Mas mais que uma sensação do personagem, essa é a sensação que o roteiro busca evitar na série e por isso dá a todos os demais personagens movimentos de busca de crescimento, melhorias e por suas paixões, sejam pessoais ou profissionais, avançando a história da série. Em um resumo bem resumido, é como se toda a temporada fosse uma extensão de “Forks”, o aclamado episódio da 2ª temporada focado em Richie (Ebon Moss-Barach). E o roteiro não faz disso uma forma gratuita, mas sim resgatando elementos que trouxera outrora, principalmente na 1ª temporada, como por exemplo, a sua primeira cena ser um sonho e a metalinguagem de programas de culinária, que antes eram protagonizados por Carmy e agora são por Sid (Ayo Edebiri).

O roteiro é dialético

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A trama é o de menos

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Ao final da terceira temporada, sai a tão esperada crítica que validaria o trabalho feito e determinado por Carmy no The Bear e ajudaria o restaurante a alavancar financeiramente, porém sua recepção ao restaurante é mista, contrariando as expectativas. A quarta temporada, de fato, repete a trama da temporada anterior, porém melhorando-a. Ela começa, então, com o tio Jimmy (Oliver Platt), principal financiador, colocando um relógio com a regressiva até o prazo que o restaurante teria  para dar retorno, criando assim o senso de urgência que ficou subentendido anteriormente. Além disso, Carmy não buscou Claire (Molly Gordon) para conversar após o término e continua brigado com Richie, o próprio Richie ainda busca entender onde se encaixa nas coisas, Sid não assinou a sua parte do contrato e continua incerta sobre sua posição no The Bear, Tina (Liza Colón-Zayas) ainda sofre com suas novas funções e Marcus (Lionel Boyce) continua tendo questões familiares. Mas pelo fato da série colocar todas as coisas para se resolverem, ela eleva a sensação de que a terceira temporada era somente uma meia temporada.

A parte técnica está perfeita, como sempre

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Falar de The Bear e não elogiar a parte técnica é impossível. Os atores já estão mais que confortáveis e habituados aos seus papéis, o que faz das interações serem naturais, a ponto até mesmo de Ayo Edebiri e Lionel Boyce escreverem um dos episódios da temporada (e que, de fato, é o mais deslocado da trama, mas tão importante para ela quanto). A direção artística e de fotografia continuam no mais alto nível, tendo a última trazido novos elementos, como novos tons para a paleta da série, e que somado ao exposto sobre o roteiro, indicam que a quarta temporada é uma sutil continuidade retroativa (também conhecida como retcom) para a série.

Fonte: www.pippoca.com

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