Amor, palavra de quatro letras que muda o curso da vida; mas que, na imensa maioria das vezes, é confundido com algo que ele não é!
Eu tenho certeza que, ao menos uma vez na vida, você foi machucado por algo que chamava de amor. Mas eu tô aqui para te explicar o que de fato é o amor e tentar te ajudar a não cair mais em certas enganações.
Quando se fala em amar alguém, costumamos pensar que os atos de pensar na pessoa a todo instante, dar flores e beijinhos toda hora e até cogitar dar a vida por essa pessoa caracterizam o amor. Como diz a música “Por Você” do Frejat, costumamos pensar que é sobre dançar tango no teto e ir andando do Rio até Salvador. Ou seja, fazer coisas inimagináveis e cometer loucuras por alguém. E é aí que você se engana!
A obsessão, a compulsão e essas atitudes tomadas sem pensar nas consequências não é amor, mas sim paixão. E é confundindo o amor com a paixão que a maioria das pessoas se machucam!
Não existe amor à primeira vista. Isso é paixão.
E aí você me pergunta: então, o que é a paixão exatamente?
A paixão é um estado em que, quando estamos nele, passamos a tomar decisões 100% baseadas nas nossas emoções.
A paixão age como uma droga no nosso cérebro. Ela inibe o nosso córtex pré-frontal – que é a área do nosso cérebro que filtra as nossas emoções. Então assim, perdemos completamente nossa racionalidade. Por isso você diz que cometeria loucuras por alguém. Você já não age baseado na razão. Você está apaixonado!
Inclusive a paixão tem a obsessão, a compulsão e o estresse como características. Por isso que, por exemplo, você não consegue parar de pensar na pessoa durante o seu dia.
Só que há um fato muito importante: paixão acaba!
Ela tem duração de 12 a 24 meses em média. Ou seja: de um a dois anos. E aí vem a crise que revelará se há amor ou não!
Com o fim da paixão, seus níveis cerebrais voltam ao normal e você perde todo aquele encanto. Você começa a reparar mais nos defeitos da pessoa, nas coisas que vocês divergem e age com mais racionalidade.
É aí que entra o amor!
Porque se, ao olhar os contras que se revelaram , você decidir continuar nesse relacionamento, você pode constatar que está amando aquela pessoa.
A melhor definição disso está na música “Sozinho”, do Caetano Veloso. Nela, Caetano canta que quando a gente ama, a gente cuida. E ele não escreveu/cantou isso só por ser poético, pois isso é uma verdade.
O amor está mais ligado com o cuidado genuíno do que com loucuras excessivas!
Amor é sobre investir tempo e energia. É sobre entender a linguagem do outro e, mesmo sem aquele fogo e entusiasmo da paixão, desejar estar ao lado da pessoa.
A gente se machuca porque confundimos ele com a paixão. É nessa que queimamos a largada.
Você não ama só porque tatuou o nome da pessoa. Você tá agindo no impulso sem pensar nas consequências. Além de tudo, você também pode estar aceitando migalhas de um relacionamento tóxico e obsessivo.
E isso tudo é paixão. Então saiba diferenciar e não diga a qualquer pessoa que ela é o amor da sua vida!
Tome cuidado com a sua carência e saiba cuidar de quem realmente deveria ser o amor da sua vida.
Você é o amor da sua vida! Então se cuide, se respeite e invista energia primeiro em você pra depois querer investir em outra pessoa. Você não vai conseguir amar alguém genuinamente enquanto não se amar genuinamente.
E se você foi machucado por aquilo que achava que era amor, entenda que se fechar não é a melhor opção. Eu entendo seu medo de se machucar novamente, mas não decrete que nunca mais vai se envolver com alguém. Não se envolva no atual momento enquanto você precisa se envolver com você. Mas não se feche eternamente.
A vida é muito curta pra não viver um amor e muito doida pra ser vivida sozinho!
vini.
Comente