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Congresso aprova marco de energia que aumenta luz

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Nesta terça-feira (10), foi aprovado, pelo Senado, o projeto que cria o marco regulatório de estímulo à geração de energia eólica gerada em alto-mar, que pode aumentar em 7,5% o valor da conta de luz. Agora, a propositura segue para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Originalmente, o projeto apresentado pelo senador Jean Paul-Prates (PT) regulava apenas a exploração de energia offshore. Mas os deputados apresentaram um substitutivo — acatado pelos senadores — que beneficia também as usinas termelétricas.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), já afirmou que o governo vai vetar o artigo extra. “Não é aceitável aprovarmos uma matéria que representará, para os brasileiros, um reajuste na conta de energia, que já tem sido o principal vilão da inflação neste ano. É uma contradição em si”, disse o parlamentar.

Projeto original regulava apenas energia offshore (Imagem: Ilja Enger-Tsizikov/iStock)

Para o relator da matéria, senador Weverton (PDT), o projeto não trará elevação de custo ao consumidor final. “O setor da offshore eólica só está pedindo ao Brasil e ao Congresso Nacional que se comece a dar segurança jurídica para começar a trazer investimentos para cá”, afirmou.

Leia mais:

Projeto de energia polêmico

  • A inclusão do chamado “jabuti” traz incentivos aos setores de gás natural e carvão mineral — que são combustíveis fósseis — até 2050;
  • Até então, pela legislação atual, os benefícios seriam encerrados em 2028;
  • Essa mudança pode custar R$ 440 bilhões para os consumidores até 2050, ou R$ 17,5 bilhões ao ano, segundo a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace). Para clientes do Pará, o custo extra na conta chegaria a R$ 16,21 ao mês. No Rio, seria de quase R$ 15;
  • No início do mês, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu carta assinada por 12 entidades ligadas ao setor para rever a proposta;
  • Segundo a Frente Nacional dos Consumidores de Energia, a proposta vai elevar em 25% o volume de emissões de gases de efeito estufa.
Usina termelétrica no céu azul ao fundo
Termelétricas poderão ter benefícios até 2050 (Imagem: SamuelLevy/Shutterstock)

“O Senado Federal virou as costas para os consumidores de energia. Mais uma vez, os parlamentares cederam aos interesses privados de grupos econômicos e votaram contra as necessidades da população”, diz a nota divulgada pela entidade.

O Brasil tem, hoje, uma das contas de luz mais caras do mundo em relação à renda per capita, perdendo apenas para países de baixa renda, como Senegal, Chade, Cabo Verde, Quênia, Filipinas, Gana, Nicarágua e Nepal, segundo a Abrace.



Fonte: olhardigital.com.br

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