Criador do “WWW” se diz otimista para 2025 no mundo da internet

Tim Berners-Lee é o inventor da World Wide Web. Em uma entrevista recente ao EuroNews, ele expressou otimismo sobre 2025, prevendo avanços nos direitos humanos digitais, como a padronização de direitos de dados e soberania digital.

No entanto, ele alertou que pode haver uma reação contra a crescente polarização nas mídias sociais, em grande parte alimentada por algoritmos que priorizam conteúdos tóxicos para gerar engajamento.

Durante sua participação no Web Summit em Lisboa, Berners-Lee apontou os algoritmos como os principais responsáveis pela disseminação de conteúdo prejudicial, afirmando que, embora os desenvolvedores possam corrigir isso, as plataformas de mídia social não têm interesse em mudanças.

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Ele destacou que o verdadeiro problema é o algoritmo que exibe esse conteúdo para milhões, não os indivíduos que o postam.

Internet estaria longe de seus “valores fundamentais”

• Berners-Lee, que comemorou os 35 anos da WWW, lamentou que a web, inicialmente criada para empoderar a humanidade, tenha se afastado de seus valores fundamentais nas últimas décadas.
• Ele mencionou que a web agora desempenha um papel central na geopolítica, economia e na vida das pessoas, muitas vezes contribuindo para a centralização de poder.
• Apesar dessas preocupações, ele está confiante de que há uma crescente conscientização sobre o potencial das novas tecnologias, como a inteligência artificial, para promover a soberania digital e melhorar a privacidade do usuário.

Seu projeto Solid, que permite às pessoas armazenarem seus dados em “Pods” pessoais e acessá-los de forma segura, é uma das iniciativas voltadas para proteger a identidade digital e evitar fraudes nas mídias sociais.

Por fim, Berners-Lee ressaltou que tanto os desenvolvedores quanto os políticos e defensores dos direitos civis desempenham um papel crucial na construção de um ambiente digital mais seguro e justo.

Ele acredita que estamos prestes a viver um período de grandes mudanças, com a tecnologia se alinhando cada vez mais aos direitos humanos digitais.