Google Maps passa a adotar o nome ‘Golfo da América’

Apesar de toda a polêmica em torno do tema, o Google Maps começou a usar a nomenclatura “Golfo da América” para se referir ao Golfo do México. Para os usuários brasileiros, os dois nomes agora são apresentados.

A mudança foi anunciada após pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assinou uma ordem executiva sobre o assunto. O republicano afirmou que rebatizaria a região por uma questão de justiça.

Mudança de nome foi confirmada pelo Google

• A ferramenta do Google mostra o nome oficial seguido por Golfo da América entre parênteses.
• A própria empresa havia explicado que “quando os nomes oficiais variam entre os países, os usuários do Maps veem seus nomes locais oficiais”.
• Ainda segundo a companhia, existe “uma prática antiga de aplicar mudanças de nome quando elas são atualizadas em fontes oficiais do governo”.
• Para unidades geográficas nos EUA, isso acontece quando o Sistema de Informação de Nomes Geográficos (GNIS) é atualizado, o que já aconteceu.
• É por isso que, para os usuários norte-americanos, agora a região aparece apenas como Golfo da América.

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Golfo do México continua sendo o único nome aceito internacionalmente

O Golfo do México é o maior golfo do mundo, sendo cercado por terras da América do Norte e da América Central. A região tem uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão de km², e seu subsolo é rico em petróleo.

Após a decisão de Trump de mudar o nome da região, a presidente do México, Claudia Scheinbaum, criticou a medida. Ela argumentou que os EUA não podem mudar legalmente o nome do Golfo porque a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar determina que o território soberano de um país individual se estende apenas até 12 milhas náuticas da costa.

Sheinbaum também criticou a decisão do Google, dizendo que a empresa não deveria responder ao “mandato de um país” para mudar o nome de “um mar internacional”. E ainda disse que poderia exigir a alteração do nome dos EUA para “América Mexicana” no mapa. Além dos EUA e do México, o golfo ainda banha Cuba, que também já se disse contrária a qualquer alteração.