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Japão volta a focar em energia nuclear 13 anos após Fukushima

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Japão volta a focar em energia nuclear 13 anos após Fukushima
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Com o objetivo de atender à crescente demanda de energia limpa e cumprir as metas de descarbonização, o governo do Japão vem revisando sua política energética. A decisão de focar no uso de energia nuclear é anunciada 13 anos após o desastre de Fukushima, causado por um terremoto e tsunami, que resultou no derretimento de reatores na usina.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a nova proposta prevê que a energia nuclear será responsável por 20% da eletricidade do país em 2040, uma grande ampliação em relação aos 8,5% de 2023. Além disso, o governo japonês pretende aumentar a participação das energias renováveis, como solar e eólica, de 22,9% para 40% ou 50%. Por outro lado, o uso de carvão será reduzido de quase 70% para entre 30% e 40%. 

Desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em março de 2011, deixou um rastro de destruição na cidade japonesa. Crédito: Agência de Recursos Naturais e Energia

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Na última semana, um painel de especialistas, maioritariamente favorável à energia nuclear, aprovou a proposta do governo. O plano sugere que até 2040, metade da eletricidade do Japão venha de fontes renováveis, enquanto a outra metade será proveniente de energia nuclear. Essa proposta revoga a política adotada após o desastre de Fukushima, que visava a eliminação gradual das usinas nucleares no país.

O novo plano, que deve ser aprovado pelo governo em março, destaca a necessidade de garantir a segurança energética sem depender de uma única fonte. O ministro da Indústria, Yoji Muto, afirmou que o Japão precisa maximizar o uso tanto das energias renováveis quanto da nuclear para garantir o crescimento futuro. Além disso, o país estabeleceu a meta de alcançar emissões líquidas zero até 2050 e reduzir em 73% as emissões até 2040, comparado com os níveis de 2013.

Também está prevista a modernização das usinas nucleares, com a reativação de reatores que atendem aos novos padrões de segurança. No entanto, para atingir a meta de 20% de energia nuclear, todos os 33 reatores viáveis no Japão precisariam ser reativados. Atualmente, apenas 14 estão operando desde o desastre de Fukushima. Especialistas alertam que o ritmo das verificações de segurança pode dificultar o cumprimento dessa meta.

O Japão também está investindo em tecnologias de ponta, como reatores avançados e sistemas de reprocessamento de combustível nuclear, na tentativa de desenvolver um ciclo completo de combustível. Apesar das críticas, o país segue apostando no avanço de sua infraestrutura nuclear para alcançar seus objetivos energéticos.



Fonte: olhardigital.com.br

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