Jurassic World: Recomeço, dirigido por Gareth Edwards e escrito por David Koepp, funciona como uma sequência independente de Jurassic World: Domínio (2022), sendo o quarto filme da franquia Jurassic World e o sétimo do universo Jurassic Park. O elenco conta com Scarlett Johansson, Mahershala Ali, Jonathan Bailey e Rupert Friend.
A convite da Universal Pictures, assistimos antecipadamente à produção, que estreia nos cinemas brasileiros no dia 3 de julho de 2025. Confira, a seguir, nossa opinião.

Enredo
Cinco anos após os eventos de Jurassic World: Domínio, uma equipe destemida se reúne em uma missão para obter amostras de DNA de três criaturas colossais. Com o planeta se tornando cada vez mais inóspito para os dinossauros, os poucos sobreviventes passam a viver em regiões equatoriais isoladas, onde o clima se assemelha ao do período pré-histórico. Nessa biosfera tropical, três espécies guardam a chave para o desenvolvimento de um medicamento capaz de salvar inúmeras vidas.

Roteiro
Talvez eu seja duramente criticado pelos fãs da franquia, mas Jurassic World: Recomeço consegue ser o pior filme de toda a série.
Se há um ponto positivo, é que, apesar de seus 133 minutos de duração, o filme passa rápido. Porém, mesmo com sequências de ação e aventura, a produção se torna entediante — e, em certos momentos, tudo o que se deseja é que a história acabe logo.
Totalmente descartável, sem carisma e brilho. Nem mesmo Scarlett Johansson consegue salvar o projeto. Aliás, sua escalação parece ter sido feita unicamente para atrair um grande público interessado em seu nome.
Entre tantos erros, a direção de Gareth Edwards é uma das poucas exceções. Seu trabalho anterior em Godzilla (2014) claramente o preparou para lidar com o escopo dessa produção. Para quem não é familiarizado com a franquia, talvez Recomeço funcione como porta de entrada, já que quase não há referências diretas aos filmes anteriores.

Elenco
Como mencionado, Scarlett Johansson parece ter sido escalada somente para atrair espectadores, e sua atuação — apesar de correta — não tem o brilho esperado. Ela e Jonathan Bailey até têm os personagens mais interessantes do filme, mas tudo é tratado de maneira superficial.
Manuel Garcia-Rulfo, Luna Blaise e Audrina Miranda são completamente descartáveis, e suas participações somente atrapalham ainda mais um roteiro já desinteressante. David Iacono, por sua vez, parece estar ali somente para aparecer sem camisa do início ao fim.
Os demais personagens são tão rasos que nem seus nomes conseguimos memorizar. No fim, as verdadeiras estrelas do filme continuam sendo os dinossauros, que roubam a cena sempre que aparecem.

Considerações
Entre os seis filmes anteriores, a franquia Jurassic conseguiu entregar, ao menos, três produções realmente boas. Jurassic World: Domínio havia encerrado a trilogia de forma razoável. Então, qual a real necessidade dessa nova sequência? Para mim, trata-se de uma tentativa óbvia de lucrar ainda mais com um público que os estúdios já consideram fiel à marca.
O maior problema aqui é a pressa: diferentemente do intervalo entre as trilogias Jurassic Park e Jurassic World, essa nova produção surgiu somente três anos após o lançamento de um filme que já havia sido mal recebido.
Mesmo com o retorno de David Koepp — roteirista dos dois primeiros filmes —, a tentativa de resgatar a nostalgia da franquia original não surte efeito.
Fonte: www.pippoca.com
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