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Luighi e o Combate ao Racismo: Vozes que Ecoam pela Igualdade

Atletas do Palmeiras sofrem ataques racistas em jogo da Libertadores Sub-20; Luighi se revolta e cobra providências

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Luighi e o Combate ao Racismo: Vozes que Ecoam pela Igualdade
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Na última quinta-feira (6), o Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0, no Paraguai, em partida válida pela Libertadores Sub-20. No entanto, a grande atuação da equipe palestrina foi completamente ofuscada por uma cena repugnante: torcedores imbecis do time paraguaio proferiram insultos racistas contra os jogadores Luighi e Filgueiredo. O episódio, mais um triste capítulo do racismo no futebol, evidenciou o quanto esse problema estrutural ainda está longe de ser erradicado.

Luighi chegou a alertar o árbitro sobre os ataques, mas nada foi feito. O jogo seguiu normalmente, e o jovem jogador, visivelmente abalado, chorou copiosamente no banco de reservas. Ao fim da partida, ainda dentro de campo, concedeu uma entrevista em que desabafou com indignação:

“É sério isso? Não vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? Até quando a gente vai passar isso? O que fizeram comigo foi um crime, você não vai me perguntar sobre isso? Vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? A CBF? Sei lá… Você não ia perguntar sobre isso. O que fizeram comigo é um crime, a gente é formação, a gente está aprendendo com isso”, disse Luighi, aos prantos.

Diante da gravidade do caso, o Palmeiras se manifestou oficialmente, garantindo que tomará todas as medidas cabíveis: “O Palmeiras irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos.”

O racismo, como bem apontado pelo jovem atleta, não é um problema isolado. Ele é um reflexo de um passado marcado pela escravidão, que moldou sociedades de maneira estrutural. Não apenas no Brasil, mas em diversas partes do mundo, esse legado cruel permanece vivo. Na colônia espanhola, dentro do território uruguaio, a escravidão negra também existiu e contribuiu para perpetuar a desigualdade racial que, séculos depois, ainda se manifesta em diferentes esferas, incluindo o esporte.

A importância da luta contra o racismo transcende qualquer resultado dentro de campo. Se o futebol é um espaço de paixão e união, ele também deve ser um palco de respeito e igualdade. Casos como o de Luighi e Filgueiredo mostram que ainda há um longo caminho a percorrer, mas essa luta não pode ser negligenciada. Afinal, todos somos iguais – e é essa mensagem que precisa ecoar dentro e fora dos estádios.

Como disse Martin Luther King em um de seus discursos mais emblemáticos:

“Eu tenho um sonho de que os meus quatro filhos pequenos um dia viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de pele, mas pelo seu caráter.”

Esse sonho precisa se tornar realidade.

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