Tosse, espirros, febre alta e dor de cabeça. Todos os sintomas apontavam para uma gripe comum. Mas as pessoas começaram a morrer. Autoridades da província de Kwango, no sudoeste do Congo, relataram aproximadamente 140 óbitos entre os dias 10 e 25 de novembro.
Apesar dos sintomas listados acima, os exames não identificaram a gripe. Com isso, agentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) viajaram até o país africano e deram início a uma investigação.
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Nos últimos dias, coletaram amostras para análise e agora aguardam o resultado. Ainda sem diagnóstico, a recomendação da OMS e do governo congolês é de que as pessoas usem máscaras, lavem bem as mãos e tenham cautela. Além disso, pediram ao público que não façam cerimônias grandes de velório ou enterro, a fim de evitar possíveis infecções.
Além das mortes, a principal preocupação é com o alto índice de proliferação da doença, que continua a aumentar semana após semana.
Condições precárias
- A região mais afetada na província de Kwango é uma zona chamada Panzi.
- Panzi é uma área rural onde vivem famílias muito simples.
- Estamos falando, portanto, de uma região pobre e sem muita infraestrutura.
- Líderes comunitários relatam que muitas pessoas estão morrendo dentro de suas próprias casas.
- O problema é que elas não recebem tratamento médico adequado.
- Faltam remédios – até mesmo os mais simples.
- O ministro da Saúde, Apollinaire Yumba, afirmou que a maioria das vítimas são jovens de até 18 anos e mulheres.
- Ele também fez um apelo para que outros países enviem suprimentos médicos para lidar com a crise de saúde.
O Congo e a mpox
A situação é ainda mais complicada na República Democrática do Congo porque, além dessa doença misteriosa, o país precisa lidar com um grande surto de mpox (doença que fez a OMS decretar uma emergência de saúde pública de interesse internacional em agosto).
Até o início de novembro, o número total de casos suspeitos de mpox em todo o continente africano ultrapassou os 50 mil. A maioria deles foi registrado no Congo.
A mpox era anteriormente conhecida como varíola dos macacos. A OMS, porém, alterou o nome no final de 2022.
Trata-se de um vírus que causa lesões na pele do rosto, podendo se espalhar para outras partes do corpo (incluindo a região genital). Outros sintomas incluem febre, fadiga e dores.
A mpox foi descoberta pela primeira vez no final da década de 1950. De lá para cá, há evidências de que o vírus passou por mutações, principalmente nos últimos três a quatro anos, que permitiram uma transmissão entre humanos com mais facilidade.
O primeiro surto de mpox aconteceu nos Estados Unidos, país que ocupa atualmente o primeiro lugar no ranking de casos confirmados da doença. O Brasil também tem inúmeros registros e já chegou a ocupar a segunda posição nessa lista.
As informações são do Live Science.
Fonte: olhardigital.com.br
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