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Nuvem de poeira radioativa do Saara vem da Guerra Fria

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Nuvem de poeira radioativa do Saara vem da Guerra Fria
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As heranças da Guerra Fria nos dias de hoje vão além de consequências econômicas e sociais, os testes nucleares feitos no período ainda deixam uma marca inesperada. De tempos em tempos, o deserto do Saara é afetado por uma tempestade de areia que leva poeira para a Europa (e até mesmo outras partes do mundo), o que acontece é que essa poeira pode carregar radiação.

Um estudo feito pelo Laboratório de Ciências do Clima e Meio Ambiente da França e publicado na revista Science Advances, concluiu que, em 2022, uma quantidade considerável de isótopos radioativos estava presente na poeira trazida após uma grande tempestade ocorrida no Saara.

Ao buscarem a origem dessa radiação, os cientistas acreditavam que ele vinha isótopos gerados em testes nucleares feitos na época da Guerra Fria pela França, entre 1960 e 1966, quando o país detonou 17 bombas no Saara argelino.

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Mesmo com o deserto sendo praticamente despovoado, milhares de moradores locais e soldados franceses foram expostos à radiação na época. As estimativas mais severas sugerem que até 60.000 argelinos foram impactados pelas explosões.

Mas os locais que essa radiação pode atingir e a origem dela ainda surpreende os cientistas.

Poeira radioativa do Saara vem de origem surpreendente

Apesar dos testes conhecidos feitos pela França no deserto durante a década de 60, a poeira radioativa que atingiu a Europa carrega radiação de testes feitos pelos Estados Unidos e pela União Soviética.

“Isso ocorre porque o poder de detonação dos testes franceses é de apenas 0,02 por cento do poder total de detonação da URSS e dos EUA entre 1950 e 1970. Muitos dos testes de armas nucleares da URSS e dos EUA foram realizados na mesma latitude do sul da Argélia, e os destroços desses testes podem atingir 8.000 metros de altura e ser dispersos pelo vento muito rapidamente em nível global”, disse Yangjunjie Xu-Yang , principal autor do estudo do Laboratório de Ciências do Clima e Meio Ambiente na França, à IFLScience.

Mapa do evento de poeira de março de 2022: O CSEM e o CEMO, onde os testes nucleares foram conduzidos, são marcados por quadrados, enquanto os pontos ciano na Europa marcam as amostras usadas no estudo.
Crédito da imagem: Xu-Yang et al., Sci. Adv. 11, eadr9192 (2025)

Os pesquisadores perceberam que os níveis de plutônio não correspondiam às baixas razões isotópicas (abaixo de 0,07) dos testes nucleares da França. Mas, na verdade, estavam estimados em  0,187, o que combina com as assinaturas de testes dos EUA e da União Soviética.

Mas ainda que pareça preocupante, a quantidade de radiação presente nessa poeira é insignificante, bem abaixo dos limites estabelecidos pela União Europeia e não apresenta riscos para o ser humano. “Com base em minhas descobertas, o risco é insignificante”, acrescentou Xu-Yang.

Fonte: olhardigital.com.br

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