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O que acontece no cérebro durante o ciclo menstrual?

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O ciclo menstrual não afeta apenas o útero e os ovários; ele também provoca mudanças significativas no cérebro.

Durante esse processo natural, que ocorre mensalmente na maioria das mulheres em idade fértil, o corpo passa por uma série de alterações hormonais que influenciam diretamente o funcionamento cerebral.

Embora muitas pessoas estejam familiarizadas com os sintomas físicos do ciclo menstrual, como cólicas e alterações no fluxo sanguíneo, os efeitos no cérebro costumam ser menos discutidos.

Imagem: Jacob Wackerhausen / iStock

No entanto, essas mudanças podem ser intensas, impactando humor, memória, tomada de decisões e até mesmo a forma como o cérebro se estrutura ao longo do tempo. Mas por que essas alterações ocorrem? Quais áreas do cérebro são mais afetadas? E o que pode ser feito para minimizar eventuais desconfortos causados por essas transformações?

Neste artigo, vamos explorar o que acontece no cérebro durante o ciclo menstrual, analisando os efeitos hormonais, as mudanças estruturais e comportamentais, além de estratégias para lidar melhor com essas variações.

Como o ciclo menstrual impacta o cérebro?

O ciclo menstrual é dividido em fases distintas: fase folicular, ovulação e fase lútea. Cada uma dessas etapas é marcada por flutuações nos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona, que desempenham papéis cruciais no funcionamento cerebral.

Essas alterações hormonais não são apenas passageiras; elas afetam diretamente neurotransmissores como a serotonina, dopamina e GABA, responsáveis pelo humor, prazer e controle emocional.

Mulher feliz sorrindo no sol
Imagem: ilona titova / iStock

Quais as fases do ciclo menstrual?

Entenda em detalhes cada uma das fases do ciclo menstrual:

Fase folicular

Durante a fase folicular, que começa no primeiro dia da menstruação e se estende até a ovulação, os níveis de estrogênio começam a aumentar.

Esse hormônio é conhecido por melhorar a comunicação entre os neurônios e estimular a plasticidade sináptica, ou seja, a capacidade do cérebro de formar e reorganizar conexões. É por isso que muitas mulheres relatam sentir-se mais alertas e produtivas durante essa fase.

Ovulação

Na ovulação, os níveis de estrogênio atingem seu pico. Esse aumento está associado a uma maior ativação do sistema de recompensa no cérebro, o que pode explicar por que algumas mulheres se sentem mais confiantes e motivadas nesse período.

Estudos mostram que áreas como o córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões, também se tornam mais ativas.

Fase lútea

Após a ovulação, a progesterona assume um papel mais dominante. Esse hormônio tem um efeito calmante, mas também pode levar a uma maior sensibilidade emocional.

Em algumas mulheres, a combinação de progesterona elevada e níveis flutuantes de serotonina pode resultar em sintomas de irritabilidade, ansiedade ou tristeza, conhecidos como Síndrome Pré-Menstrual (SPM).

Alterações estruturais no cérebro durante o ciclo menstrual

Além das mudanças funcionais, o cérebro também passa por alterações estruturais ao longo do ciclo menstrual. Estudos com ressonância magnética revelam que regiões como o hipocampo, uma área associada à memória e ao aprendizado, podem aumentar ou diminuir de tamanho em resposta às flutuações hormonais.

O estrogênio desempenha um papel fundamental nesse processo, melhorando a comunicação entre os neurônios e promovendo o crescimento de novas sinapses. Esse efeito é particularmente perceptível no hipocampo, onde o aumento do estrogênio durante a fase folicular está relacionado a um melhor desempenho em tarefas cognitivas.

Imagem: earth phakphum/Shutterstock

Por outro lado, a progesterona, que predomina na fase lútea, pode ter um efeito oposto, reduzindo temporariamente a conectividade em algumas áreas do cérebro. Essa alteração está associada aos lapsos de memória e à dificuldade de concentração que algumas mulheres relatam antes da menstruação.

Por que essas mudanças acontecem?

As mudanças que ocorrem no cérebro durante o ciclo menstrual têm raízes evolutivas e estão ligadas ao papel crucial que os hormônios sexuais, como estrogênio e progesterona, desempenham tanto na reprodução quanto na sobrevivência e interação social.

Durante a ovulação, os picos de estrogênio promovem uma melhora na sociabilidade e no humor, aumentando as chances de encontrar um parceiro em períodos de maior fertilidade.

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Já na fase lútea, a predominância da progesterona tem um efeito calmante, que pode ajudar a conservar energia caso uma gravidez ocorra. Além disso, esses hormônios influenciam diretamente a liberação de neurotransmissores como serotonina e dopamina.

Quando os níveis dessas substâncias estão desequilibrados, surgem sintomas como alterações de humor, insônia ou aumento do apetite, especialmente por alimentos ricos em açúcar e gordura.

Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

Como minimizar os impactos no cérebro?

Embora as mudanças hormonais do ciclo menstrual sejam naturais, algumas estratégias podem ajudar a minimizar seus efeitos no cérebro e no bem-estar geral.

  • Alimentação equilibrada: manter uma dieta rica em nutrientes é essencial para o equilíbrio hormonal e a saúde cerebral. Alimentos ricos em ômega-3, como peixes e nozes, ajudam a melhorar a função cerebral, enquanto carboidratos complexos, como aveia e quinoa, podem estabilizar os níveis de serotonina.
  • Atividade física regular: exercícios físicos são conhecidos por liberar endorfinas, que atuam como analgésicos naturais e ajudam a reduzir os sintomas da SPM. Além disso, a prática regular pode melhorar a circulação sanguínea no cérebro, promovendo maior clareza mental.
  • Controle do estresse: técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, são excelentes para regular os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que pode exacerbar os sintomas do ciclo menstrual.
  • Sono de qualidade: dormir bem é fundamental para o equilíbrio hormonal e a saúde do cérebro. Garantir de 7 a 8 horas de sono por noite pode ajudar a reduzir a irritabilidade e melhorar a capacidade de concentração.
  • Apoio médico: para mulheres que sofrem com sintomas severos, como os da Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), procurar um médico é essencial. Em alguns casos, anticoncepcionais hormonais ou suplementação podem ser indicados para estabilizar os níveis hormonais.

Fonte: olhardigital.com.br

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