Proteína combate redução de músculos durante perda de gordura

Pesquisadores do Instituto Salk, na Califórnia, descobriram que uma proteína pode combater a deterioração de músculos durante a perda de gordura. Como descrito em um artigo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, a BCL6 pode ajudar a manter a estrutura muscular sem interferir no processo de emagrecimento.

Entenda:

• O hormônio GLP-1 é utilizado para a perda rápida de gordura — mas também acaba reduzindo a massa muscular;
• Um novo estudo, porém, aponta que a proteína BCL6 pode ajudar a resolver esse problema sem interferir no emagrecimento;
• O estudo mostra que a BCL6 está diretamente relacionada à manutenção da estrutura muscular;
• Com a sensação de saciedade em usuários do GLP-1, o jejum acaba reduzindo os níveis da BCL6 no corpo, enfraquecendo os músculos;
• Para combater essa perda, a equipe sugere a administração o GLP-1 junto a um reforço da proteína BCL6.

A pesquisa teve como base usuários de medicamentos com o hormônio GLP-1, que, apesar de trazer uma diminuição rápida de gordura, também acaba provocando a perda de músculos. Graças a testes com camundongos, a equipe de Salk conseguiu encontrar uma possível solução para esse problema: administrar o GLP-1 junto a um reforço de BCL6.

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Reforço de proteína ajudou a recuperar músculos de camundongos

Como explica a equipe no artigo, análises mostraram que o jejum interfere diretamente na presença da BCL6 nas células, reduzindo os níveis da proteína no corpo. Para investigar isso, os pesquisadores compararam os níveis de massa muscular em camundongos com e sem proteínas BCL6 funcionais, sendo que os animais sem a proteína tinham 40% menos massa.

Além disso, ao comparar camundongos que jejuaram ou não durante a noite, a equipe também descobriu que os roedores que não haviam se alimentado possuíam níveis de BCL6 mais baixos. Ao reforçar a presença da proteína nos animais, foi possível reverter as perdas de massa muscular — e, consequentemente, de força.

“O músculo é o tecido mais abundante no corpo humano, então sua manutenção é crítica para nossa saúde e qualidade de vida. […] Com essa nova percepção, podemos desenvolver intervenções terapêuticas para pacientes que perdem músculos como um efeito colateral da perda de peso, idade ou doença”, disse Ronald Evans, diretor do Laboratório de Expressão Genética do Instituto Salk, em comunicado.