Corinthians 2 x 1 Santos – No domingo (9), o Corinthians desbancou o Santos dentro da Neo Química Arena e se classificou para a grande final do Paulistão. O contexto era desfavorável ao Corinthians. O time vinha abalado pela pior derrota na temporada, teve menos tempo de recuperação do que o rival, e o técnico corria risco de ser demitido. A classificação veio com o brilho do trio de ataque. Memphis deu sua sexta assistência na temporada, Yuri Alberto voltou a marcar e Garro novamente foi decisivo. Porém, isso só foi possível graças a dois operários, que muitas vezes passam distante dos holofotes: José Martínez e Raniele. Recuperados de lesões, os volantes voltaram ao time titular e fizeram o “serviço sujo” para que os craques da frente pudessem brilhar. Em vantagem desde os 11 minutos, quando Yuri Alberto abriu o placar, equipe adotou postura mais cautelosa, baixando as linhas de marcação e segurando mais os laterais no campo defensivo. O Santos tinha mais posse, mas sofria para se aproximar do gol de Hugo Souza. Era um jogo controlado, embora sem muito brilho do Corinthians. Porém, mais uma vez a equipe falhou na marcação pelo alto. Após cobrança de escanteio, Félix Torres errou o tempo da bola, José Martínez deixou Tiquinho desgarrar, e o Peixe empatou, seguindo assim até o intervalo. O gol não abalou o Timão, como se poderia suspeitar. A equipe voltou do intervalo sem mudanças e, aos 10, ficou novamente em vantagem, desta vez com belo gol de Rodrigo Garro. Dali em diante, o Timão conseguiu ter o jogo sob controle. Protegeu bem a entrada da área, neutralizou Soteldo e Guilherme e exigiu muito pouco de Hugo Souza. Algo que ganhou bastante destaque foi a ausência de Neymar. O camisa 10 santista havia dito que não tinha medo de quem fosse o adversário na semifinal do Campeonato Paulista; no entanto, não saiu do banco de reservas neste domingo. O atleta não jogou por sentir um desconforto na coxa. Agora, o Timão volta a ligar o alerta, pois só tem decisões pela frente. O lado bom é que ambas serão decididas em casa – onde a equipe ainda não perdeu neste ano.
Palmeiras 1 x 0 São Paulo – Atual tricampeão paulista, o Palmeiras chegou à sexta final seguida do Paulistão ao derrotar o São Paulo nesta segunda-feira (10), no Allianz Parque. A equipe de Abel Ferreira busca o tetra para conseguir um feito alcançado há mais de cem anos e uma vez apenas, pelo extinto Paulistano, campeão quatro vezes seguidas entre 1916 e 1919, na época em que o Paulistão possuía outro formato. Foi mais brigado do que bem jogado o Choque-Rei no Allianz Parque, sobretudo no primeiro tempo. Mas houve minutos de bom futebol e duelos táticos interessantes. Oscar virou segundo volante na escalação de Zubeldía, que armou o São Paulo com três zagueiros, e os visitantes tiveram mais a bola nos minutos iniciais. Até os donos da casa encurtarem os espaços, marcarem Oscar de perto e começarem a controlar o jogo. Depois de anular Oscar, o Palmeiras repetiu a estratégia adotada por muitos rivais quando enfrentam o São Paulo: encurtou o espaço e deixou Arboleda com a bola para construir as jogadas de trás para pressionar. Foi dessa forma, se valendo da pressão, e de uma falha imperdoável da zaga são-paulina. Rafael errou o passe para Arboleda, que escorregou dentro da área e dividiu com Vitor Roque. Estreante da noite, o camisa 9 palmeirense caiu e Flavio Rodrigues de Souza não hesitou em marcar o pênalti, revoltando os são-paulinos. Raphael Veiga converteu a cobrança nos acréscimos. No segundo tempo, o Palmeiras foi competente em sua tarefa de administrar a vantagem. Controlou a maior parte dos 45 minutos finais, “cozinhou” o jogo como pôde e de poucos espaços para o São Paulo atacar. Zubeldía desfez a linha de três zagueiros, chegou a lançar mão de cinco atacantes desde a metade da etapa final, mas, para os visitantes, o panorama não mudou.
Teremos Derby na Final!
Quando Corinthians e Palmeiras se enfrentam, o futebol brasileiro para. A rivalidade, que começou em 1917, transcendeu gerações e se tornou uma das mais intensas do país. Cada duelo é marcado por tensão, provocações e uma atmosfera única. Dessa vez, o Derby tem um peso ainda maior: vale o título do Paulistão. Em campo, duas camisas gigantes do futebol nacional; fora dele, duas torcidas pulsantes que transformam o clássico em um verdadeiro espetáculo. De um lado, a Fiel empurra o Timão com sua devoção inabalável; do outro, a massa alviverde faz de tudo para ver o Verdão campeão. Mais do que um troféu, um Derby é sobre orgulho, história e paixão. E perder para o maior rival nunca é uma opção.
A primeira partida da decisão será na casa Palmeirense e a finalíssima, com mando Corintiano. Alguns detalhes dos dois confrontos, no entanto, ainda não estão confirmados. O duelo de ida, que acontece no próximo domingo (16 de março), pode não ser disputado no Allianz Parque. Isso porque no dia anterior, sábado, o estádio recebe o show da banda britânica Simply Red. A Arena Barueri poderia ser uma alternativa caso o Allianz realmente não tenha condições. E o jogo de volta, definido na Neo Química Arena, inicialmente aconteceria no dia 26 de março, uma quarta-feira. Porém, no dia 25 de março as seleções sul-americanas estarão em ação pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Para que Palmeiras e Corinthians não sofram com o desfalque dos seus atletas convocados, a finalíssima poderia ser alterada para o dia seguinte, 27 de março, uma quinta-feira.
Possíveis datas e locais da final do Paulistão
16/03 – Palmeiras x Corinthians – Allianz Parque (a definir)
26 ou 27/03 (a definir) – Corinthians x Palmeiras – Neo Química Arena
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