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Superman – James Gunn resgata a esperança e as cores para o Universo DC

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Superman – James Gunn resgata a esperança e as cores para o Universo DC
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Assistimos com exclusividade a Superman de James Gunn, o primeiro filme do novo Universo Cinematográfico da DC, no qual o primeiro capítulo foi batizado de Deuses e Monstros. O longa estreia oficialmente no dia 10 de julho nos cinemas brasileiros e promete ser um fenômeno instantâneo! Já pega a sua capa vermelha e vem conferir as nossas impressões do longa. 

Superman - James Gunn resgata a esperança e as cores para o Universo DC

Velho heroi, nova aventura

O escoteiro mais poderoso da terra, com seu sorriso meigo e afeição pela humanidade, não hesita em salvar quem precisa de ajuda — isso, você já sabe. Mas, nesta nova versão dirigida por James Gunn, o Superman sofre sua primeira grande derrota. Ele é vencido por um inimigo aparentemente mais forte e mais inteligente, controlado por Lex Luthor — o milionário que não pensa duas vezes antes de colocar os seus planos em ação. 

Superman - James Gunn resgata a esperança e as cores para o Universo DC

Nessa nova aventura, além de enfrentar a criminalidade, Superman precisa encarar as consequências políticas de suas ações em um mundo que começa a questionar seus valores.

Tem bastante sol em Metrópolis 

A sequência de abertura já dá o tom do filme — e é simplesmente linda. Com dinamismo e precisão, ela estabelece o universo, apresenta a ameaça central e já é capaz de conquistar o público logo nos primeiros minutos.

Logo depois, uma das cenas mais marcantes: a tão esperada entrevista entre Superman e Lois Lane. Construída com inteligência e entregue nas mãos dos atores, é talvez o maior embate do filme. A Rachel Brosnahan, já acostumada com diálogos fervorosos, domina essa e outras cenas do filme com maestria. Já o parceiro, David Corenswet encontra o equilíbrio perfeito entre a indignação do Superman e a hesitação do Clark Kent. A tensão entre eles tem ritmo e ajuda a sustentar um contexto político que vai permear toda a trama.

Superman - James Gunn resgata a esperança e as cores para o Universo DC

O trio principal é impecável. Rachel Brosnahan é a Lois mais inteligente e elegante. David Corenswet, por sua vez, entrega um Superman carismático, cheio de presença, e consegue humanizar o heroi com nuances comoventes. E Nicholas Hoult é uma escolha certeira para Lex Luthor: perverso, mimado, explosivo e manipulador. Sua presença em cena impõe respeito e inquietação, e a atmosfera da LexCorp é construída com precisão ao redor da atuação dele. Ele realmente assusta não só como um bom vilão, mas por se parecer, até demais, com personagens reais do nosso mundo.

Quase tirado dos quadrinhos

As cenas de voo do Superman são as imagens mais belas do filme, auxiliado pelos efeitos visuais realmente eficazes. E nesse ponto, é preciso reconhecer a alma na direção de James Gunn. Aqui ele tem os seus já tradicionais tempos de comédia e os seus personagens excêntricos em abundância. Porém a joia da coroa foi a capacidade que o diretor tem em passear por diferentes fases do Superman com segurança e sem perder o foco da mensagem por trás do heroi.

Superman - James Gunn resgata a esperança e as cores para o Universo DC

Usar a trilha clássica de John Williams foi um trunfo. Ela evoca emoção, memória e eleva momentos-chave. Já a ambientação e o design de produção são um espetáculo à parte. Coisa rara em filmes de herois termos tempo para notar os detalhes — geralmente a maioria dos sets são destruídos antes disso. Figurinos, cenários e composições de cena foram pensados com cuidado e afeto.

E tem Kryptonita nesse Superman?

Existem alguns detalhes que só são percebidos depois que o sangue esfria e a empolgação pós sessão diminui um pouco. Nessa nova trama, eles felizmente são pontuais, mas ainda sim existem.

Temos diálogos expositivos demais para fins de empurrar a trama. No começo são toleráveis, mas acabam cansando — especialmente vindo do Lex Luthor, que supostamente é um estrategista. Apesar do charme clássico do vilão que gosta de se gabar, faltou uma dose de equilíbrio. 

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A sequência no “mundo comprimido”, criado por Lex, é onde o filme realmente tropeça no ritmo que estava indo bem. Visualmente, ela é carregada de CGI, e possui pouca carga emocional para servir a trama. E falando em efeitos visuais… o que em nome da IA genérica foi aquele bebê alienígena? E um “rio de prótons” muito parecido com um mundinho carregado no Minecraft…As sequências de ação infelizmente ficaram pouco inspiradas. Salvo o set piece em que um kaijū invade o centro da cidade, nas demais parece haver quase uma obrigação de cumprir o cronograma de porradaria do que servir à história.

Esses deslizes não tiram o mérito do filme como um todo, mas são incômodos difíceis de ignorar.

Eu sou punk rock

Superman é um filme cheio de vontade e coração, colorido e sem medo de se entregar às fantasias dos quadrinhos. James Gunn resgatou a esperança de um Universo DC que faz jus à essência dos seus personagens. David Corenswet e Rachel Brosnahan brilham com uma química poderosa, enquanto Nicholas Hoult entrega um Lex Luthor assustadoramente real — o tipo de vilão que parece existir logo ali, do outro lado da tela.

Superman - James Gunn resgata a esperança e as cores para o Universo DC

No fim, o filme entende que ser o primeiro super-heroi do mundo não é só sobre força, mas sobre compaixão. E isso fica claro no diálogo final entre Superman e Luthor, que sintetiza a beleza do personagem: um alienígena que, apesar de tudo, insiste em acreditar na humanidade. Superman pode não ser perfeito, mas é sincero, inspirado e necessário — quase um poema disfarçado de blockbuster.

Fonte: www.pippoca.com

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