Cobrança adicional de 10% sobre importações chinesas está prejudicando não somente os consumidores comuns, mas também as empresas
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As novas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações chinesas entraram em vigor nos últimos dias e os americanos estão sentindo na pele os reflexos dessa mudança. Lembra daquela história da “taxa das blusinhas” aqui no Brasil? Pensa em algo assim, só que multiplicado por algumas vezes.
A cobrança adicional de 10% sobre todos os produtos chineses começou na última terça-feira (4), após o republicano acusar o país asiático de não fazer o suficiente para interromper o fluxo de drogas ilícitas para a América.
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Além disso, Trump também eliminou uma isenção comercial de longa data que permitia que pacotes menores fossem enviados da China para os Estados Unidos sem impostos, desde que seu valor fosse inferior a US$ 800. As informações são do 9to5Mac.
Esses primeiros dias foram de caos, principalmente nas transações online. Isso por que não só os compradores, mas também os vendedores, as transportadoras e os despachantes se viram diante de uma questão muito importante: quem vai pagar a mais por isso?
Batata quente, quente, quente…
- Uma reportagem do site Wired aponta que, nas últimas horas, diversos consumidores receberam notificações de empresas de logística, como a DHL, informando que os pacotes só seriam entregues mediante o pagamento de taxas.
- E não são taxas baratas: elas variam entre US$ 20 e US$ 50.
- Por vezes, o produto que está dentro delas custa menos do que esse valor do novo imposto.
- Por isso citei o caso da taxa das blusinhas lá em cima.
- Não é uma exclusividade do brasileiro comprar roupa na Shein ou itens pro seu pet na Temu.
- Os americanos também fazem isso — e vão ter de pagar mais para ter acesso aos baratos produtos chineses.
- Um problema maior ainda é que os novos tributos valem para todos, inclusive as empresas.
- Já há informações de pequenas companhias que interromperam temporariamente os trabalhos — até achar uma solução para esse assunto.
- É o caso da empresa de teclados Qwertykeys.
- Até mesmo as grandes são prejudicadas: a Apple, por exemplo, monta todos os seus iPhones na China.
- O governo Trump, por enquanto, permanece irredutível.
- A tendência, porém, é que as reclamações comecem a se acumular com o passar dos dias.
Reação da China
Além de todo esse transtorno local, o governo dos EUA terá de arcar também com as retaliações de Pequim. E a reação chinesa veio rápido: o Ministério das Finanças comunista informou que vai impor taxas de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis americanos.
Além disso, Pequim informou que vai iniciar uma investigação antitruste que tem o Google como alvo.
De acordo com a agência Reuters, isso pode impactar empresas como Caterpillar, Deere & Co e AGCO, que exportam maquinário para o mercado chinês. Até mesmo a Tesla, de Elon Musk, pode ser afetada caso receba autorização regulatória para exportar o modelo Cybertruck ao país.
Vale destacar que todas essas medidas devem entrar em vigor no dia 10 de fevereiro. A Casa Branca ainda não se manifestou sobre o tema.
Fonte: olhardigital.com.br
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