
Sobre o enredo
O filme conta a história do talentosíssimo cantor e compositor Bob Dylan (Timothée Chalamet), desde a sua chegada a Nova York como um “completo desconhecido”, até o auge de sua fama, no início dos anos 70. Aprofundando-se sobre temas como a sua aproximação e afastamento da música folk, o impacto de suas composições e a sua dificuldade em lidar com o fato de não ser mais esse completo desconhecido.

Sobre o roteiro, a direção e a montagem
O roteiro é conciso e super contido em um aspecto da vida de Dylan, o que ajuda e muito a história a ser contada, sem passar muito do ponto e acabar perdendo o ritmo ou o próprio entendimento da história.
A direção consegue unir diversos núcleos de forma muito interessante, mantendo muito bem o ritmo do filme. Porém, os saltos temporais às vezes passavam do limite, às vezes uma cena pulava um mês sem que desse tempo de absorver o que aconteceu na cena anterior, isso me desconcertou um pouco em certos momentos, quebrando um pouco da imersão. Apesar disso, a direção faz compensar e muito, muitas vezes mostrando um núcleo secundário, que por fim só enriquece e engrandece as cenas seguintes, uma aula de direção de James Mangold.

Sobre o elenco
Queria abrir um espaço para elogiar a curta, mas estrondosa participação de Boyd Holbrook, interpretando Jhonny Cash. Esse cara toma os holofotes para ele quando está em cena, assim como Jhonny Cash fazia em sua época.
Mas apesar do sucesso de Timothée e da força que foi Boyd, quero agarrar os holofotes e girá-los diretamente para a estrela que mais brilha no longa: Monica Barbaro. Ela interpreta uma Joan Baez estupenda, não só com um vozeirão que convence e encanta, mas com uma entrega muito significativa da interpretação da grande artista folk que alavancou Dylan no seu início de carreira.

A história acima da biografia
Já não é de hoje que as biografias fogem da realidade, misturam eventos, criam situações e personagens inexistentes em momentos históricos. Mas Um Completo Desconhecido, vem com uma história convincente e cativante, derrubando o conceito da veracidade em prol da história. Nem sempre a história de um dos maiores artistas de todos os tempos, vai ser a melhor história a ser contada, vale roubar um pouquinho sim, para cumprir com a cartilha.
Nosso veredito
Fonte: www.pippoca.com
Comente